"Ali há terra..."
Faróis... sentinelas silenciosas... guardiões dos mares...
quinta-feira, agosto 31, 2006
quarta-feira, agosto 30, 2006
quarta-feira, agosto 23, 2006
sábado, agosto 19, 2006
terça-feira, agosto 15, 2006
'O Farol', de Victor Silva
Na amplidão do mar alto entre as vagas se apruma
O vulto do farol como uma sentinela;
Estardalhaça o vento, e a rugir se encapela
A água negra do mar em turbilhões de espuma.
Enche a trágica noite, atroa e se avoluma
Um insano clamor nas asas da procela: É a morte!
E ao temporal que as vagas atropela
Rodopiam as naus na escuridão da bruma.
Mas, súbito um clarão a espessa treva inflama,
Acende o mar bravio, ilumina os escolhos,
E guia o rumo às naus contra os parcéis da morte...
É a vida! É o farol que escancarando os olhos,
Vira e revira em torno as órbitas de chama,
Ora ao Norte, ora ao Sul, ora ao Sul, ora ao Norte...
O vulto do farol como uma sentinela;
Estardalhaça o vento, e a rugir se encapela
A água negra do mar em turbilhões de espuma.
Enche a trágica noite, atroa e se avoluma
Um insano clamor nas asas da procela: É a morte!
E ao temporal que as vagas atropela
Rodopiam as naus na escuridão da bruma.
Mas, súbito um clarão a espessa treva inflama,
Acende o mar bravio, ilumina os escolhos,
E guia o rumo às naus contra os parcéis da morte...
É a vida! É o farol que escancarando os olhos,
Vira e revira em torno as órbitas de chama,
Ora ao Norte, ora ao Sul, ora ao Sul, ora ao Norte...
segunda-feira, agosto 14, 2006
Fundo do mar
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
terça-feira, agosto 08, 2006
sábado, agosto 05, 2006
"Esse farol do Céu", de Gregório de Matos
Esse farol do céu, fímbria luzida,
Esse lenho das ondas, pompa inchada,
Essa flor da manhã, delicia amada,
Esse tronco de abril, galha florida,
É desmaio da noite escurecida,
É destroço da penha retirada,
É lastima da tarde abreviada,
É despojo da chama enfurecida.
Se o sol, se a nau, se a flor, se a planta toda
A ruína maior nunca se veda;
Se em seu mal a fortuna sempre roda;
Se alguém das vaidades não se arreda,
Há-de ver (se nas pompas mais se engoda),
Esse lenho das ondas, pompa inchada,
Essa flor da manhã, delicia amada,
Esse tronco de abril, galha florida,
É desmaio da noite escurecida,
É destroço da penha retirada,
É lastima da tarde abreviada,
É despojo da chama enfurecida.
Se o sol, se a nau, se a flor, se a planta toda
A ruína maior nunca se veda;
Se em seu mal a fortuna sempre roda;
Se alguém das vaidades não se arreda,
Há-de ver (se nas pompas mais se engoda),
Do sol, da nau, da flor, da planta, a queda.
terça-feira, agosto 01, 2006
Ciência Viva com os Faróis - 2006
Os faróis da costa portuguesa constituem um importante património histórico e científico.
Especialistas da Marinha Portuguesa abordam com o público temas como a orientação geográfica e a navegação, a história e a evolução tecnológica dos faróis.
No final da visita, o público assiste ao acender do farol no crepúsculo.