"Ali há terra..."
Faróis... sentinelas silenciosas... guardiões dos mares...
sábado, junho 24, 2006
'Farol da noite'
Farol da noite adentro
Farol de chuva e vento
Farol
Pra todo barco que te chama
Leva a tua chama e incendeia a escuridão
Com toda a luz
Que traz contigo
A luz abençoada
A luz
Espalha-se por todo o oceano
E traz o barco pra beira do cais
Farol da noite brilha no espaço
Farol da noite brilha junto às estrelas do céu
(Anna Toledo, by Sérgio Justen)
terça-feira, junho 20, 2006
'Nocturne', de Alphonse Beauregard
Que chantent les grillons et s'allument les phares !
Un esprit est venu sur le fleuve houleux
Réapprendre à nos coeurs des mots miraculeux.
N'incite plus, ô vent, les feuilles aux bagarres.
Dans l'air est apparu l'ancien rêve d'amour,
L'impérissable rêve au chaste et blanc contour.
Grillons, chantez encore et que brillent les phares !
Voici notre passé de désirs haletants.
Terre, jette un tapis de mousse et de pétales
Devant ces jours, chargés d'erreurs sentimentales.
Qui clament la valeur grandissante du temps,
Du temps si précieux pour nos âmes avides.
Effeuillez-vous, ô fleurs, onde, calme tes rides,
Voici notre passé de désirs haletants.
De lourds oiseaux de nuit s'en vont battant des ailes.
Partout l'effort de vivre en l'ombre est suspendu.
Plus nous voulons reconquérir le temps perdu
Et plus nous retenons les paroles formelles.
Nous hésitons, de peur de nous tromper encor.
L'espérance d'amour, triste, prend son essor
Avec les grands oiseaux qui fuient battant des ailes.
segunda-feira, junho 19, 2006
Os primeiros faróis...
Antes dos faróis eram as fogueiras que serviam de referência, agora são as luzes dos faróis com as suas características muito peculiares que fazem a sua vez e que cumprem uma tarefa que se repete todos os dias e se tem repetido anos a fio...
O mais antigo farol de que há notícia, e que é considerado uma das sete maravilhas do mundo, ficava na ilha de Pharos frente a Alexandria no Egipto, daí o nome ‘farol’.
Depois dos fenícios e gregos, os romanos construíram faróis por todo o seu Império, desde o Farol de Bolonha, na Gália, à "Turris Ordens" ou à "Torre de Hércules", na Corunha, que é considerado o farol mais antigo em funcionamento.
Mais tarde, entre os séculos XII e XV construíram-se alguns faróis como o de Meloria e Magnale em Itália, o de St.Edmund Chapel em Inglaterra, no século XIII ou os de Dieppe e Cordouan em França no século XIV.
Em Portugal, o primeiro farol acendeu-se na torre do Convento de São Francisco no Cabo de S.Vicente em 1520.
No entanto, o mais velho farol construído para esse fim foi mandado erigir pelo Bispo D. Miguel da Silva na Barra do Porto.
A sinalização marítima era praticamente inexistente até ao reinado de D. José I, e a pouca que havia era da responsabilidade de particulares, que acendiam fogos nos pontos mais altos ou visíveis servindo de aviso e orientação, ou então faziam-nos esmagar contra os baixios ou falésias, com o intuito de assaltarem os mais incautos.
Os primeiros faróis a cargo do Estado foram o de Nossa Senhora da Guia em Cascais e o de Nossa Senhora da Luz, a norte da barra do Porto, em 1761. Seguiram-se depois o do Cabo da Roca, entre outros como o da Fortaleza de S. Lourenço, no ilhéu do Bugio, Arrábida, Cabo Espichel, Cabo Carvoeiro, Berlenga (1840), SãoVicente (1846), cabo de Sta.Maria (1851) e Cabo Mondego (1858).
Cem anos depois da promulgação do alvará pombalino eram apenas doze os faróis existentes em Portugal.
O mais antigo farol de que há notícia, e que é considerado uma das sete maravilhas do mundo, ficava na ilha de Pharos frente a Alexandria no Egipto, daí o nome ‘farol’.
Depois dos fenícios e gregos, os romanos construíram faróis por todo o seu Império, desde o Farol de Bolonha, na Gália, à "Turris Ordens" ou à "Torre de Hércules", na Corunha, que é considerado o farol mais antigo em funcionamento.
Mais tarde, entre os séculos XII e XV construíram-se alguns faróis como o de Meloria e Magnale em Itália, o de St.Edmund Chapel em Inglaterra, no século XIII ou os de Dieppe e Cordouan em França no século XIV.
Em Portugal, o primeiro farol acendeu-se na torre do Convento de São Francisco no Cabo de S.Vicente em 1520.
No entanto, o mais velho farol construído para esse fim foi mandado erigir pelo Bispo D. Miguel da Silva na Barra do Porto.
A sinalização marítima era praticamente inexistente até ao reinado de D. José I, e a pouca que havia era da responsabilidade de particulares, que acendiam fogos nos pontos mais altos ou visíveis servindo de aviso e orientação, ou então faziam-nos esmagar contra os baixios ou falésias, com o intuito de assaltarem os mais incautos.
Os primeiros faróis a cargo do Estado foram o de Nossa Senhora da Guia em Cascais e o de Nossa Senhora da Luz, a norte da barra do Porto, em 1761. Seguiram-se depois o do Cabo da Roca, entre outros como o da Fortaleza de S. Lourenço, no ilhéu do Bugio, Arrábida, Cabo Espichel, Cabo Carvoeiro, Berlenga (1840), SãoVicente (1846), cabo de Sta.Maria (1851) e Cabo Mondego (1858).
Cem anos depois da promulgação do alvará pombalino eram apenas doze os faróis existentes em Portugal.
quinta-feira, junho 15, 2006
Farol de Alexandria, o mais antigo
O mais antigo farol de que se tem notícia é considerado uma das sete maravilhas do mundo.
Mandado construir cerca 300 A.C. por Ptolomeu Filadelfo, a obra em mármore branco, de Sóstrato de Cnidos, tinha 135 m. de altura (cerca de 3x o tamanho dos actuais!) e podia ver-se a sua luz a cerca de 100 Km, o que faria dele hoje em dia o mais potente farol.
Esta construção, que serviu de modelo a muitos outros na antiguidade, foi destruída por um sismo em 1326.
A seguir aos Fenícios e Gregos, os Romanos construíram faróis por todo o seu império, desde o farol de Bolonha, na Gália, a "Turris Ordens" ainda de pé no séc. XVI, até à "torre de Hércules", na Corunha, na costa NW de Espanha.
A seguir aos Fenícios e Gregos, os Romanos construíram faróis por todo o seu império, desde o farol de Bolonha, na Gália, a "Turris Ordens" ainda de pé no séc. XVI, até à "torre de Hércules", na Corunha, na costa NW de Espanha.
Este, construído durante o reinado de Trajano (98 a 117 D.C.) e reconstruído em 1663, é considerado o farol mais antigo em funcionamento.
Entre os séc. XII e XV construíram-se alguns faróis como o de Meloria (1157) e Magnale (1163) em Itália; no séc. XIII o de St.Edmund Chapel em Norfolk, Inglaterra; e os de Dieppe e Cordouan em França no séc. XIV. (in http://www.ancruzeiros.pt/ancfaroisp.html)
domingo, junho 11, 2006
sexta-feira, junho 09, 2006
quinta-feira, junho 08, 2006
'Lighthouse', de Rod Nichlos
Against the termagant waves of night
A lighthouse solid stands,
And with its ever-searching beam
Seeks out the fragile craft of man.
Its mission is to point the way
That those who sail might see,
And know whereat the land doth lie
Beyond what seems an endless sea.
I know that in this modern age
With sonar, satellite and blips,
A lighthouse seems of other times
No longer meant for sailing ships.
Yet in a wild, tempestous gale
With howling winds and darkest night,
There is no known technology
As welcomed as that faithful light.
When we have crossed millennium's gulf
And find ourselves so far from land,
I pray that we will not be lost
And that the lighthouse solid stands.
Rod Nichols
A lighthouse solid stands,
And with its ever-searching beam
Seeks out the fragile craft of man.
Its mission is to point the way
That those who sail might see,
And know whereat the land doth lie
Beyond what seems an endless sea.
I know that in this modern age
With sonar, satellite and blips,
A lighthouse seems of other times
No longer meant for sailing ships.
Yet in a wild, tempestous gale
With howling winds and darkest night,
There is no known technology
As welcomed as that faithful light.
When we have crossed millennium's gulf
And find ourselves so far from land,
I pray that we will not be lost
And that the lighthouse solid stands.
Rod Nichols
segunda-feira, junho 05, 2006
domingo, junho 04, 2006
Faroleiro é figura carismática
Há quem pense que os faroleiros poderão ser ‘uma figura em vias de extinção’, pelo menos a trabalhar de uma forma tão constante, isto devido à evolução das máquinas e aparelhos e à automatização das redes, para as quais apenas poderá ser necessária a sua manutenção.
O faroleiro é uma figura única, carismática e sempre presente, e da parte destes há muito carinho dedicado aos faróis, até porque passam lá a maior parte da sua vida junto com as suas famílias, podendo mesmo ser considerados ‘aventureiros’ nalguns casos.
O isolamento a que alguns faróis estão votados, longe das povoações, transforma o faroleiro num auto-didacta e num artista, que dá largas à sua imaginação e criatividade, para ocupar o seu tempo de forma útil, com actividades que vão desde o artesanato à mecânica e electricidade, ou até as novas tecnologias como a Internet.
O isolamento a que alguns faróis estão votados, longe das povoações, transforma o faroleiro num auto-didacta e num artista, que dá largas à sua imaginação e criatividade, para ocupar o seu tempo de forma útil, com actividades que vão desde o artesanato à mecânica e electricidade, ou até as novas tecnologias como a Internet.
Afinal de contas, o isolamento é propício à criatividade, e quase todos se dedicam a qualquer coisa, para não cair na rotina e no aborrecimento.
sábado, junho 03, 2006
Do imaginário ao património
Histórias, encontros, incidentes, aventuras, descobertas, contrabandistas ou piratas… tudo lembram os faróis, que se por um lado fazem parte do imaginário de todos nós, por outro são parte integrante do nosso património e pelouro da Marinha, muito embora por vezes esquecidos...
Quando se fala de património nacional, pensa-se sempre em igrejas, museus, palácios, castelos ou pelourinhos, consagrados já por diversas vezes.
Os faróis, apesar de importantes e com séculos de história(s), são esquecidos ou relegados para segundo plano, daí a necessidade de acarinhá-los de outra forma e até apostar nos mesmos como pontos de atracção e destinos turísticos a ter em conta.
Um espólio rico e pouco conhecido, mas que constitui um património do qual nos podemos e devemos orgulhar, sendo um importante legado arquitectónico, com valor cultural e histórico, para o qual nunca é demais despertar as consciências para a sua manutenção e preservação.
Os faróis e farolins fazem parte da história dos Açores, mais não seja por se tratar de um arquipélago onde a figura do farol é um marco indispensável a quem anda no mar e que também acaba por constituir uma interessante envolvente paisagística, que a todos fascina, seja em terra ou no mar.
Quando se fala de património nacional, pensa-se sempre em igrejas, museus, palácios, castelos ou pelourinhos, consagrados já por diversas vezes.
Os faróis, apesar de importantes e com séculos de história(s), são esquecidos ou relegados para segundo plano, daí a necessidade de acarinhá-los de outra forma e até apostar nos mesmos como pontos de atracção e destinos turísticos a ter em conta.
Um espólio rico e pouco conhecido, mas que constitui um património do qual nos podemos e devemos orgulhar, sendo um importante legado arquitectónico, com valor cultural e histórico, para o qual nunca é demais despertar as consciências para a sua manutenção e preservação.
Os faróis e farolins fazem parte da história dos Açores, mais não seja por se tratar de um arquipélago onde a figura do farol é um marco indispensável a quem anda no mar e que também acaba por constituir uma interessante envolvente paisagística, que a todos fascina, seja em terra ou no mar.