Farol Museu de Santa Marta - Cascais (Portugal)
O Farol de Santa Marta, junto à marina de Cascais, deverá abrir ao público em 2007 como museu, depois das obras de requalificação de que tem vindo a ser alvo.
O farol vai manter a sua vocação de sinalização da costa, mas poderá ser visitado, mostrando equipamentos antigos que pertenceram a faróis entretanto desactivados e que estavam armazenados na Direcção- Geral de Faróis.
Os visitantes poderão conhecer melhor o quotidiano de faróis e faroleiros e o papel que desempenham, com a Marinha Portuguesa, na segurança da navegação marítima.
O projecto do arquitecto Francisco Aires Mateus prevê a requalificação e ampliação do espaço, que incluirá uma área para exposições, um centro de documentação e uma cafetaria.
Foi a conjugação dos interesses e objectivos da Marinha e da Câmara Municipal de Cascais, quanto à manutenção do Forte e Farol de Santa Marta e quanto à requalificação e conversão em espaço cultural e de lazer da zona ribeirinha da vila, onde também se inserem a Casa de Santa Maria e o Museu - Biblioteca Conde de Castro Guimarães, que levaram à assinatura de um protocolo em 2006.
Considerado um símbolo de Cascais, o farol foi inaugurado em 1868. Foi instalado no Forte do mesmo nome, conforme determinação da Inspecção dos Faróis do Reino e sob projecto do arquitecto Francisco Pereira da Silva, instalado numa torre listada de azul, a qual, em 1936, foi aumentada em 8 metros na altura, por forma a permitir distinguir a luz, das novas construções que começavam a proliferar nas redondezas.
O Forte de Santa Marta onde o farol foi implantado, terá sido construído na década de 40 do século XVII, sob a égide de D. Luís de Meneses, governador da Praça de Cascais, como reforço da defesa marítima do porto e da vila, após a restauração da independência em relação ao domínio espanhol.
O conjunto Forte e Farol, integrado harmoniosamente na paisagem ribeirinha da Baía de Cascais, constitui ex-libris da vila e foi classificado como imóvel de interesse público em 29 de Setembro de 1977.
Em 1980 e 1981 procedeu-se à automatização integral do Farol, o qual passou a estar incluído na rede de telecontrolo do assinalamento marítimo das aproximações ao porto de Lisboa, monitorizada pela Marinha, em contínuo, através da central sedeada na Direcção de Faróis.