Farol das Formigas
“Localizadas em pleno oceano, a pequena dimensão e altura dos ilhéus e a presença do recife do Dollabarat, fazem das Formigas um perigo para a navegação, particularmente em situação de má visibilidade ou quando a ondulação provoque ecos de mareta que não permitam a sua fácil detecção por radar.
Face a esses perigos, logo em 1883 foi prevista a instalação nas Formigas de um farol. Passando a competência de alumiar as costas, por força do Decreto de 2 de Março de 1895, para a Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada, iniciou-se a construção dos faróis das ilhas de São Miguel e de Santa Maria.
Contudo, as dificuldades técnicas e logísticas de construir um farol num local tão inóspito levaram ao sucessivo adiamento da sua concretização. Apenas no Verão de 1948, numa operação de grande complexidade que envolveu a construção do actual cais de desembarque e o quebramento de rochas submersas para permitir a aproximação, foi construído um farolim. Apesar de ter sido necessário por vezes interromper os trabalhos em resultado do mau estado do mar, a obra foi concluída em apenas 36 dias.
Em 1962, com a utilização do navio balizador Almirante Schultz, o farol foi modernizado. Posteriormente, o farol foi novamente alterado, sendo o acetileno substituído por uma lâmpada com alimentação fotovoltaica.
O farol está localizado no ilhéu mais a sul, numa zona aplanada sita cerca de 3 m acima do nível médio do mar, e assenta sobre uma torre tronco-cónica de 19 metros de altura, estando a luz 22 metros acima do nível do mar. Nos dias de mau tempo todo o ilhéu é varrido pelas vagas, ficando apenas emersa a torre.
O farol é um dos ex-libris da farolagem açoriana, marcando com o seu perfil característico a paisagem oceânica das Formigas. Pode ser avistado a cerca de 12 milhas náuticas de distância, sendo, nos dias de visibilidade excepcional, visível das elevações da parte sueste da ilha de São Miguel e do nordeste da ilha de Santa Maria”.
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